sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ednardo Gouveia corre-mundo!

O melhor texto de novembro/11, escolhido por nós do Corre Cotia e Jornal Conteúdo Independente, foi a crônica "INTERNET.COMUMENTES/SENSODEMENTE" do Ednardo Gouveia!

O texto foi publicado no caderno "Corre Mundo" da edição Especial de Natal do Jornal CI, e já corre-mundo pelas cidades de Cotia, Vargem Grande Paulista e região, mais Butanta/São Paulo capital!

Confira, folheando abaixo a versão digital do jornal!




Devido a mudanças na edição impressa do Jornal CI, e a breve chegada de seu SITE oficial na net!, o projeto "Corra-Mundo" dará uma pausa neste final de ano, mas voltará em 2012 com mudanças e novidades, Aguardem!


Parabéns Ednardo!

(Envie você também o seu texto (poema, conto, crônica ou artigo de opinião - com ou sem imagem) para "corretextos@hotmail.com", com nome (civil ou autoral), bairro e cidade, que divulgaremos aqui e em grupos literários no Facebook! O melhor do mês sairá também no caderno "Corre Mundo" do Jornal Conteúdo Independente. Participe e corra-mundo!)

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"INTERNET.COMUMENTES/SENSODEMENTE" (por Ednardo Gouveia)

Nas teclas do digitar tomam forma as expressões de mentes, do senso, do sentir, do ctrl+alt+del. Escondidos atrás de uma tela virtuobarreiracamuflagem, em câmeras que mostram tudo menos o olhar, e dum toque gélido na máquinadígito  vão se compondo pensamentos do ctrl+c e crtl+v  que denotam a sabedoria da pesquisa no Oráculo, que tudo armazena e tudo responde sem querer saber da coerência de quem costura um Frankenstein com os Seus informes.
O que fazer depois que o monitor se apaga? Depois que o brilho corrigido da tela deixar de ofuscar os olhos, e a não máscara da confluência virtual nos fizer olhar as pessoas de frente?  
Talvez voltar e sentar na cadeira carcomida, anatomicamente deformada, e reforçar a tendinite do movimento não natural na lesão do esforço repetitivo...
Ler algum clássico nos e.books inodoros, do sem tato e da não textura, talvez a obra de “Marcel Poust”, ouvir a erudição das “Facebaquianas”, num diverso e pretenso universo on line...
Melhor seria olhar por debaixo das saias a intimidade feminina captarroubada nas escadas rolantes do metrô e dos shoppings por olhos que não estão no corpo mas cabem na palma da mão...
Tudo o que eu quero é um HD externo “high tecnology”, com pelo menos 50 terabytes, para que eu possa colocar todo o meu lixo, a minha bagagem, a minha memória, os meus pedaços esquartejados espalhados em arquivos fragmentados na falta de uso do Drefrag: pela minha falta do tempo real...
Na minha mãe placa um processador decacore besuntado de pasta térmica, com um cooler multi-ultraventoso, que alivie a dor da minha cabeça por usar algo tão fora de moda hoje em dia: um cérebro vivo!
E ser confortado pelo esquecimento da eternidade, o inexorável vício, de que toda esta tecno-parafernália se tornará defasada, obsoleta, inútil, para que eu possa finalmente descansar, na minha rede de contatos de um passado virtual.

Ednardo Gouveia
(entre o Oiapoque e o Chuí, em algum lugar (ou perto) do Amazonas/Brasil)


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terça-feira, 29 de novembro de 2011

AÇÃO CIDADÃ PARA A CRIAÇÃO DO "CENTRO CULTURAL DE COTIA"!


Convocamos todos os cidadãos para, neste sábado três de Dezembro de 2011 às 18h,  se juntar a tantos outros na luta pela aprovação do Projeto do Centro Cultural de Cotia que será debatido por Vereadores, Secretários Municipais e Estaduais, Artistas e Cidadãos desta magnífica cidade.

É de extrema importância que a população esteja presente em números significativos para que os nossos governantes entendam a NOSSA NECESSIDADE de um espaço digno que possa ser usado para manifestação dos diferentes traços culturais deste rico país.

Não há direito sem luta, não há conquistas sem batalhas. Precisamos de você, do seu espírito, de sua alma e da sua presença para que possamos vencer mais esta etapa na conquista do CENTRO CULTURAL DE COTIA.

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1.1. Objeto
O Centro Cultural Cotiano é um sonho da comunidade de Cotia há muitos anos. Este lugar será utilizado para ações de cultura e lazer de nossos cidadãos Cotianos, sendo um ponto de referência na região para as ações culturais e de entretenimento, além de ser um espaço tradicional na cidade, palco de grandes artistas locais e nacionais que vivem em nossa região.

1.2.Como
Com a reforma do espaço físico do antigo presídio de Cotia para o Centro Cultural, a população terá acesso a oficinas culturais e capacitação profissional. O Projeto será apresentado ao Poder Público, a Iniciativa Privada e a potenciais investidores nacionais e internacionais, os quais garantiram a captação de recursos para a construção e equipagem do Centro.

1.3.Para quem
O Centro irá beneficiar diretamente a população de Cotia.

LOCAL:


Rua Batista Cepelos, 91, Centro,Cotia/SP

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Casa de Airá convida Delarte para "Roda de Conversa - Produção Cultural Afro-brasileira em Cotia"!

Neste domingo, 27/11/2011, a Casa Airá  (ONG Cultural sediada em Caucaia do Alto-Cotia/SP), representada por seu fundador Hélcio Barbosa Jr., promoveu na EM Jornalista Maria do Carmo (Cotia) uma importante Roda de Conversa sobre Produção Cultural Afro-brasileira em Cotia.

Entre outros agentes culturais presentes, lá esteve, a convite, o escritor e colaborador do Corre Cotia Willian Delarte que, entre outras abordagens, falou dos trabalhos  sócio-culurais desenvolvidos na cidade pelo Corre Cotia e Jornal Conteúdo Independente.

Discutiu-se muito a necessidade de engajamento de todos os artistas e agentes, sejam da música, da dança, do teatro, da capoeira ou da literatura, a fim de que se quebre as correntes do preconceito e da marginalização que, via de regra, sofrem qualquer tipo de manifestação da cultura e religiões dos afro-descendentes.

Por sua vez, Delarte oficializou a campanha em prol do “Centro Cultural Cotiano”, este que há algum tempo o Corre Cotia - entre outros agentes e entidades - está imbuído e que consiste na formatação de um projeto viabilizador para se transformar a Cadeia Policial de Cotia (desabilitada) em um grande Centro Cultural. Para isso será necessário um forte apelo popular e envolvimento de todos neste processo que, em breve, divulgaremos mais informações neste blog.

O poeta falou de suas origens e influência da cultura afro na composição do seu livro “Sentimento do Fim do Mundo” e em outros escritos e, por fim, enfatizou a importância de todos terem representação e poderem ocupar e usufruir os espaços públicos e o futuro - por que não? – Centro Cultural Cotiano!

Agradecemos e parabenizamos a Casa de Airá e o Sr. Hélcio Barbosa Jr. pela iniciativa, e fazemos o oficial convite para juntar forças conosco nas campanhas e nas lutas em prol da Cultura e da Arte, tão carentes em nossa cidade.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

ASSIM DEIXEI (por Leticia Duns)

Deixei de escrever frases bonitas,
Mentiras alegres e corações partidos.
Na árvore que não via,
Deixei penduradas folhas escritas,
No solo, canetas sem tintas,
Nos frutos, casca sem polpa.
Deixei de querer o mundo
E todas suas coloridas flores
Se presas às raízes estão
Mas radiantes, exibem sua beleza.
Deixei de querer as músicas,
O que me impressiona
Se camufla em suas letras,
Melodias e acordes gritantes.
Deixei de querer alma,
Se enquanto corpo pulsa prazeres
E tão incoerente a descreve
Como se alma dele dependesse.
Deixei de correr os caminhos,
Olhar para os lados,
Enxergar vazio,
Lamentar passados, cegar destinos.
Decidi que deixei de tudo um pouco:
Tudo que me é vago,
Tudo que parece bonito,
Tudo que aparenta sintonia,
Tudo que está superior,
Tudo que é regrado.
Sim, de tudo um pouco,
Afinal poucos são os ensinamentos
Sobre nada que sabemos.
Um pouco de tudo,
Um pedaço de cada aroma
Mesmo que não goste.
Experimentos, só um pouco...
Acaba- se sem legados,
Apenas poetizando vagamente
Sobre palavras escritas, papel branco
Penduradas nos galhos
Daquela árvore que não via,
Flutuava sobre o chão.
Árvore donde nasce a verdade.
A verdade?
Deixei de escrever frases bonitas,
Mentiras alegres e corações partidos.

Leticia Duns
(Jd Boa Vista-São Paulo/SP)



Imagem inspirada pelo poema
(Tiago Costa Ilustrador - http://tiagocostailustra.blogspot.com/)


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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

"Demão", de Rubens G. Pesenti, foi o vencedor de outubro/11 e já corre-mundo!

O Poema-imagem "Demão", de Rubens Guilherme Pesenti (Caieiras/SP), foi escolhido por nós, do Corre Cotia e Jornal Conteúdo Independente, o melhor de outubro!

Confira abaixo a edição de novembro do Jornal CI em sua versão virtual. O poema saiu no caderno "Corre Mundo"!:



Baixar o jornal em PDF: http://www.divshare.com/download/16140117-47c


Parabén Rubens!


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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"VERBETE" (por Juliana Guida - Carapicuíba/SP)

            Que coisa mais linda esses animais, que maravilha sua presença!
            Privados de garras, eles mesmos não vão à caça,  rapinam de forma diferente: alimentam-se de animais agonizantes e de carcaças.
            Assim, cumprem um importantíssimo papel social, consomem cerca de 95% da agonia e abrem espaço para mais.
            Não cantam.  
            Outra característica impressionante é o seu senso de hierarquia, quase não é preciso persuasão, e eles já se submetem. Basta chegar um da espécie mais elevada, para que os outros lhe abram espaço. A razão de seu prestígio? Traz a plumagem mais colorada e o bico mais afiado, é capaz de sugar tudo até das carcaças mais fortes. Os outros ficam, pela esperança das sobras, humildes.
            Alcançam alturas insondáveis. Mais do que voam, planam. Vão seguindo, todos, as correntes quentes... passam horas em círculos sempre procurando. O importante: sem esforço.
            Diferente dos adultos, nascem com uma pelagem branca, mas os pais os alimentam com o que regurgitam e, logo, já lhes são iguais.
            Não cantam.
            Em algum momento da evolução perderam a siringe, só crocitam.
            Passam muito tempo no alto, tão distantes, é fácil ignorar a dor do corpo para virar carniça. O que lucrarão, enxergam.
            É comum encontrá-los com o bico aberto. Sem nem mesmo o saber, são adeptos do tédio, muito calor não lhes interessa.
            Para muitos observadores, sua imensa capacidade de consumir o apodrecimento é um mistério. Acreditam que possuem um poderoso suco gástrico que lhes livra de qualquer reação adversa ao menu indigesto, da culpa à náusea.
            Quando localizam uma carniça, comem até se empanturrarem, até ficarem tão pesados que não conseguem mais voar, é então que se sentem mais satisfeitos.
            Não cantam.
            Há teorias que apontam que o fedor os impede.      
            Levam a cabeça despenada, os pesquisadores se dividem, solução higiênica ou estresse?
            Apesar de serem muito vistos em bando, são animais solitários. Aglutinam-se somente por duas necessidades: alimentação e acasalamento. Satisfeitas, se vão.
            Querendo, todo céu lhes pertence.
            Mas vivem mesmo vidrados no chão.            


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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PARA ALÉM DOS MUROS (por Claudio Laureatti)

O problema não é o mundo. São os muros
O problema não é a seca. São as cercas
O problema é que o muro diz algo deselegante do vizinho
Cansei de abrir muro na marreta
Mas como pedir ao muro licença?
Os muros das casas são altos
para não deixar ninguém entrar
Os muros das prisões são altos
para não deixar ninguém sair
Muro baixo para quem está fora
Muro alto para quem está dentro
Murros não derrubam o invisível muro
se cada um se fechar em seu mundo


Do outro lado do morro
preso no engarrafamento do rádio
Do outro lado do mundo
prisão de muros e murmúrios para mim
Do outro lado do muro
preso no apartamento com televisão                                                                                
Sonhei que posso passar spray
nas pedras do muro das casas do mundo

No meio do muro tinha uma árvore
Ser muro onde o morro desabou grave
Gatos caem dos muros altos dos outonos
Outras primaveras outras rosas outros donos
Prefiro ser ponte ser morro ser nada
ser tudo cercado ser muro
onde moro onde esmurro onde rascunho palavras
no muro na grama na calçada


Confira a entrevista do poeta Cláudio Laureatti para o programa ArtMultCultural no link: http://youtu.be/9-Hfvzr7ljQ

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

FANTASMAS (por Elizabeth Oliveira)

Olhando pra traz a menina vê com que valentia eles sobreviveram...
Guarda no peito os segredos das palavras perdidas,não ditas na hora certa, lembra do dia em que seus irmãos voltaram da escola com a cabeça raspada com navalha, lembra bem como eles se sentiram humilhados e infelizes...estavam com piolho e não eram "ninguém", não tinham ninguém por eles

Queriam qualquer cantinho na alma de alguém que já tinha partido e não estava ali pra defende-los...

Qualquer um resolvia que podia raspar suas cabeças, sabiam que ninguém ia protestar. Seguiam e sentiam o vazio do dia, ou da noite rasgando a madrugada, e quando a manhã chegava um sufoco se apoderava da menina, era insuportável não saber o que ia acontecer,...seu devaneio era incessante....

Todo aquele sentimento de solidão ficava insano e se chocava contra a razão...

Ser uma sobrevivente não era vantagem...

Ela queria ser cuidada e estava com pena dos irmãos com suas cabeças peladas, ela não entendia...

________Porque?
Era uma pergunta que ecoava em sua mente

________Ecoa até hoje.




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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

DEMÃO (por Rubens Guilherme Presenti)




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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A BOA MORTE (por Rommel Wernec)

A M.P.


--- Quem passa por aqui? --– A Boa Morte
--- Por que boa se matas? --- Não, não mato
--- Que vieste fazer? --- Queimar-te todo


--- Como queimas? --- Com tua permissão
--- Depois fazes quê? --- Levo-te daqui
--- Levas-me aonde? --- Levo-te ao inferno


Isto, chamamos nós de Boa Morte,


Pois não nos mata, só conduz ao fogo...


Rommel   Werneck (São Caetano do Sul/SP) 

04 de outubro de 1554 


Título: Portrait of a Florentine Nobleman
 Autor: Francesco Salviati (1510–1563)


Notas do autor:


Inicialmente, queria fazer uma releitura deste soneto ilustre de Camões, mantendo a forma fixa italiana, mas mudando o tema para amor. Com o andar da liteira (carruagem é muito séc XIX!), preferi uma forma fixa atual, o indriso é o poema mais contemporâneo que existe, portanto, meu plano foi criar algo ultramoderno mas com fortíssimo retorno ao Maneirismo. Que anacronismo!

A métrica adotada foi o decassílabo com doses de pentâmetro iâmbico em alguns versos para ser mais fiel ao período histórico. Em contraponto, versos brancos para o anacronismo já comentado e também focalizar o ritmo nas perguntas, no conteúdo mesmo além de servir de exemplo de versos isométricos, mas sem rima. 
Infelizmente, muitos poetas contemporâneos acreditam em divisões estabelecidas, por exemplo, "versos com métrica (sic) tem que ter rima ou versos (sem métrica) não podem ter rima". Isto nos leva a um reducionismo, uma restrição do que pode ou não fazer, sendo que precisamos buscar conhecer as várias alternativas possíveis, por exemplo, versos livres rimados, decassílabos sem rima, heterométricos rimados e brancos etc etc. Obviamente, a temática e outros aspectos também precisam se libertar desse puritanismo do Modernismo.


 
Confiram o belo e interessantíssimo blog do autor "Poesia Retrô" : http://poesiaretro.blogspot.com/

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

"O MUNDO ONOMATOPÉICO" (por Tatiana Tribek)

Oi, bom dia!


silęncio...


Por favor, 9º andar.


silęncio...


Obrigado!


silęncio...


Bom dia!


tec tec tec tec tec tec tec


O azul do céu está especialmente bonito hoje, vocę năo notou?

tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tsic tsic poft tec tec tec tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec


Vamos almoçar?


suspiro...


Aceita um suco?


trinc plaft glupt arght


Oi, boa tarde!


silęncio...


Por favor, 9º andar.


silęncio...


tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec

fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu tec tec tec tec

tec tec tec tsic tsic poft tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec tec

tec tec fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

tsic tsic tec tec tec tec tec tec

tec tec tec tec tec tec


Lua cheia! Vou comprar gérberas para o meu amor...


Boa noite, amor!

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz


Amor?


zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz



zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz



zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz



(envie também o seu texto para "corretextos@hotmail.com" que divulgaremos aqui. O eleito "melhor do mês" sairá também na coluna "Corre Mundo!" do Jornal CI! Participe!)

domingo, 9 de outubro de 2011

Retorno do Corre Cotia com lançamento de Willian Delarte!

Retornamos oficialmente nossas atividades nesse 27 de agosto de 2011 com o Sarau Cultural na biblioteca municipal “Batista Cepellos” (Cotia/SP)!




E não poderia ter sido melhor... Além do reencontro com velhos amigos ativistas, agentes culturais, intelectuais e artistas, o sarau teve o privilégio de lançar oficialmente em Cotia o livro “Sentimento do Fim do Mundo” do nosso colaborador Willian Delarte!


A alegria e a descontração, como sempre, tomaram conta do sarau! Dança, música, teatro e poesia, tudo em prol da celebração da Arte e da Vida!


(César Moraes)


(Regiane Trujillo)

(Cácia Vieira)

(João Barcellos)
(Hélio Matias (gaita) e Wagner Camacho (bongô))

(Georges Ohnet (pioneiro da TV brasileira)  e Willian Delarte)

Agradecemos a Secretaria de Turismo e o Departamento de Cultura de Cotia pela liberação do espaço, ao Jornal Conteúdo Independente pela parceria, e, o principal, a você que lá esteve e que sempre esteve conosco nessa festa, nessa luta!


 (históricos colaboradores!)


 (amigo-irmãos e organizadores!)


Parabéns a todos nós que lutamos por uma vida sócio-cultural plena, pela simples e grandiosa arte de viver!


Nota: envie seu texto (poema, conto, crônica ou artigo de opinião) que publicaremos neste blog! O melhor texto do mês também será publicado Jornal Conteúdo Independente, na coluna destinada ao Movimento Corre Cotia.  Participe!


Fique atento, em novembro mais uma edição do Sarau Cultural!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"NOSSO SARAU"

Corre Cotia -

barriga vazia não quebra cipó,
colarinho na mão não mata histrião
mas pode enforcar...

Corre Cotia -

a casa da vó é puxado na tia
e Joana é morta de tanto esperar...

-  Posso jogar?
(pode)

- Ninguém vai roubar?
(...)

Se roubar, não durma no ponto,
pegue a cotia e vá pro Japão...

Mas cuidado, patrão:
cutia tem rastros
e trigo no mar
jamais vai dá pão

Corre Cotia, acorda Cotia! –

a selva inflama
e no nosso Sarau
queima seu coração


Delarte